Florianópolis é a capital do estado de Santa Catarina. O
município é composto pela ilha de Santa Catarina, a parte continental e algumas
pequenas ilhas circundantes.
Contando com mais da 675 km², “Floripa” é uma das três
capitais insulares do Brasil, sendo que somente 2,77% desse valor está na área
continental.
O distrito é famoso por suas praias paradisíacas, lagoas,
dunas, Mata Atlântica preservada, arquitetura colonial e sítios arqueológicos,
além de boates concorridas e restaurantes estrelados.
Durante um estudo do Instituto de Planejamento Urbano de
Florianópolis (IPUF), foi realizado um levantamento completo de praias da
cidade que chegou ao surpreendente número de 100 locais conhecidos, pois
algumas que não tinham nome e nem população visitante foram deixadas de lado do
mapeamento.
História
O município foi originalmente denominado de "ilha de
Santa Catarina", já que o fundador do povoado, Francisco Dias Velho,
chegou ao local no dia de Santa Catarina.
Ao se tornar vila, a região ganhou o nome de Nossa Senhora do
Desterro, mas em correspondências oficiais ainda era mencionado o nome Ilha de
Santa Catarina. Em 1823, a vila elevou-se a cidade e o nome Desterro passou a
ser mais divulgado.
Em 1894, Hercílio Luz, o governador do estado, mudou o nome
da cidade para Florianópolis em homenagem ao então presidente da República,
Floriano Peixoto.
Entretanto, Desterro era uma cidade monarquista, contrária à
Proclamação da República, e o nome foi considerado uma afronta à população que
se revoltou contra o nome e os governantes.
Para calar a população, Floriano Peixoto prendeu os líderes
da oposição e fuzilou mais de 300 pessoas na fortaleza militar de ilha de
Anhatomirim. Este caso ficou conhecido como a “Chacina de Anhatomirim”.
No século XX, a cidade passou grandes transformações, como a
implantação de energia elétrica, fornecimento de água, instalação da rede de
esgoto e a construção da Ponte Hercílio Luz.
Duas outras pontes ligam a área continental à ilha: a ponte
Colombo Salles e a ponte Pedro Ivo Campos, inauguradas em 1975 e 1991,
respectivamente.
A ilha de Santa Catarina faz parte de um arquipélago comporto
por mais de 30 ilhas, mas nem todas pertencem ao município, como a ilha de
Anhatomirim, ilha das Cabras, ilha do Arvoredo, ilha Deserta e ilha Galés,
entre outras, que são de responsabilidades de cidades vizinhas.
Atualmente, Florianópolis está dividida em 5 regiões (Central,
Norte, Leste, Sul e Continental), 12 distritos e 48 bairros.
Os 12 distritos são: Santo Antônio de Lisboa, Canasvieiras, Cachoeira
do Bom Jesus, Ingleses do Rio Vermelho e Ratones pertencem a região Norte; São
João do Rio Vermelho, Barra da Lagoa e Lagoa da Conceição estão no Leste da
ilha; Campeche, Pântano do Sul e Ribeirão da Ilha são encontrados no Sul da
área insular.
O décimo segundo é o distrito sede que corresponde aos
bairros da região central e continental.
O mais interessante é como cada região tem suas próprias
características, por exemplo, a região Central que é considerado o marco
político e comercial da cidade concentrando o ambiente mais urbano.
Enquanto a região Leste é famosa por seus atributos naturais
e concentra as lagoas mais famosas de Florianópolis, a região Norte é a mais
procurada pelos turistas, pois possui uma infraestrutura completa em questão de
serviços e atrações turísticas, além das praias de águas calmas.
Já a região Sul tem as áreas verdes mais preservadas da
cidade, mantendo até mesmo a arquitetura da época colonial do país, e as praias
de ondas medianas são perfeitas para a pratica do surf.
A região Continental é o único acesso à Ilha de Santa
Catarina e além de ser um dos núcleos habitacionais e comerciais da cidade,
também tem pontos turísticos muito procurados.
Mobilidade
O transporte público na cidade é feito majoritariamente por
ônibus. Segundo a prefeitura da cidade, são seis terminais de integração e mais
de 270 linhas de ônibus circulando por toda a extensão da ilha e da área
continental.
O transporte marítimo é utilizado para fins turísticos,
exceto na Lagoa da Conceição que utiliza linhas regulares para ligar a Costa da
Lagoa, a sede do distrito e a margem oposta.
A cidade possui uma estação rodoviária para viagens e o
Aeroporto Internacional Hercílio Luz.
Lazer
A cidade possui as mais variadas atrações turísticas, desde o
surf, sandboard, canoagem e rafting, até algumas das baladas mais famosas do
Brasil e restaurante com estrelas Michelin.
Não é possível falar de passeios em Florianópolis sem citar
as belas praias. Tem para todos os gostos: Ao norte da ilha, as praias têm
águas mais calmas e menos frias, além de serem mais urbanizadas; alguns
exemplos são as praias Jurerê, Canasvieiras e a Praia do Forte.
No Leste, podemos encontrar praias com mais ondas, como a
Praia do Moçambique, Praia da Joaquina e a Praia Mole. Nesta região também
podemos encontrar a Praia da Galheta, muito frequentada pelos naturalistas por
ser a praia oficial do nudismo, e a Lagoa da Conceição, perfeita para a prática
de caiaque e windsurf.
Já na metade sul da ilha, as praias são mais selvagens e as
ocupações mais rusticas, como por exemplo: a Ilha do Campeche, Matadeiro, que
já foi cenário para filmes argentinos, e a Lagoinha do Leste, uma praia de
difícil acesso e quase intocada.
Aqui, com tantas praias disponíveis, a dica é mesclar este
com outros tipos de passeios, como visitas ao centro histórico, escunas,
trilhas e o Projeto Tamar.
Para quem gosta, a região Sul da ilha também tem ótimas
opções para trilha.
1. Projeto
Tamar
Projeto TAMAR é um projeto de conservação brasileiro voltado
para as tartarugas marinhas. A unidade de Florianópolis tem 5 mil m² e conta
com atividades e exposições para os visitantes conhecerem mais sobre os animais
ameaçados de extinção e os esforços de conservação do projeto.
Desde 2010, o espaço também funciona como o Museu Aberto da
Tartaruga Marinha e é considerado um dos 5 museus mais visitados do sul do
Brasil, segundo o projeto Tamar.
As visitas orientadas e a alimentação das tartarugas (aberta
ao público somente para observação) ocorrem diariamente. Nos fins de semana tem
a Alimentação Interativa, na qual as crianças podem alimentar as tartarugas.
A programação ainda conta com o Domingo TAMAR, realizado uma
vez por mês, com atividades educativas.
2. Patrimônio
histórico da cidade
O centro histórico é uma ótima opção para aqueles dias que
não dá para ir as praias.
Conheça o Mercado Público, recheado de bares e restaurantes
com iguarias catarinenses. Reinaugurado em 2015, após uma reforma, o local
ganhou alas mais organizadas e um pátio, no qual é possível sentar nas mesas e
apreciar uma boa cerveja artesanal e as famosas tapas catarinenses.
Ao lado do mercado é possível encontrar a Casa da Alfândega,
um mercado voltado para o artesanato de todo o estado.
O Palácio Cruz e Sousa, também conhecido como Palácio Rosado,
remonta o final do século 19. A construção conserva os aspectos coloniais e é
um mergulho no passado.
Os vilarejos açorianos também são uma ótima forma de conhecer
o patrimônio histórico da cidade. Em Santo Antônio de Lisboa podemos encontrar
um dos primeiros povoados da ilha, um lugar famoso pelas galerias de artes
típicas. Já em Ribeirão da Ilha o forte são as ostras criadas na região.
As fortalezas também remontam o passado do local. A fortaleza
de São José da Ponta Grossa foi uma das mais importantes defesas da ilha e é a
única que oferece acesso por terra. O passeio interno na Casa do Comandante é
pago e tem uma exposição de fotos sobre o dia-a-dia da fortaleza quando estava
em uso.
Na Baía Norte a fortaleza de Santo Antônio de Ratones conta com
seis edificações restauradas, duas ruínas e uma fonte. Localizada na Ilha
Ratones Grande, o acesso se dá apenas pelo mar.
3. Passeio
de Escuna
A cidade possui 3 principais empresas que organizam os
passeios de escuna: Scuna Sul, Escuna Martin Capitão Gancho e VentoSul.
A opções são inúmeras e vão desde passeios temáticos com
piratas, viagens de 5 ou 6 horas, com paradas nas fortalezas ou em praias
desertas e até mesmo paradas para mergulho.
4. Ônibus
city-tour
A Floripa By Bus é o tour oficial da cidade. Com ônibus
projetados para o turismo urbano, o passeio vai muito além da vista, mas conta
também com paradas nos pontos turísticos da capital.
Os passeios variam de 3 a 8 horas, com modalidades noturnas e
matutinas.
Mercado
imobiliário
Segundo o IBGE, Florianópolis tem o Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) mais alto do Brasil. A cidade destaca-se também pelo alto poder
aquisitivo da população, já que a renda mensal é de 4,7 salários mínimos.
A presença de importantes faculdades do país, variadas opções
de lazer e o estilo de vida praiano sem deixar de lado os aspectos de cidade
grande, fazem de Floripa uma das mais procuradas cidades brasileiras para
turismo e para morar.
Em 2018, a capital foi uma das poucas cidades do país que
fecharam o ano com alta nos preços de venda dos imóveis, segundo o Índice
FipeZap. E nos últimos 10 anos, a região teve um aumento de 33% no número de
habitantes, o maior resultado entre as capitais brasileiras.
A Ilha da Magia tem a terceira maior alta de preços do
mercado imobiliário do Brasil, também segundo a FipeZap. A média do preço do
metro quadrado chega a 7 mil reais.
Os dados referentes ao ano de 2019, mostram que bairro mais
caro da cidade é Jurerê Internacional. Um bairro alto padrão com excelentes
opções de imóveis de luxo localizado na região Norte da ilha. Nesta área, o metro
quadrado tem média de mais de 10 mil reais. Este valor ultrapassa a média de
cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.
Na sequência os bairros mais caros da capital são:
Agronômica, com R$ 9,07 mil por metro quadro, Jurerê com R$ 8,4 mil por m² e
Campeche com R$ 8,1 mil por m².
Do outro lado, o bairro mais barato de Florianópolis é Vargem
do Bom Jesus, onde o metro quadrado custa em média R$ 3.360,00.
É fato que a capital catarinense tem limitações quanto a
construção de novos empreendimentos por conta de questões ambientais, mas as
cidades vizinhas, São José e Palhoça, acabam ganhando com isso, pois recebem
cada vez mais investimentos para a construção. Mais de 16 empreendimentos foram
lançados no último ano nas cidades citadas.
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